Laranjinha despejada

A Laranjinha foi despejada na passada quarta-feira.

A polícia visitou a Laranjinha pelo final da manhã. Entretanto, a meio da tarde, chegou também a proprietária (ou mandatária dos proprietários), acompanhada da segunda equipa policial. Alguns dos presentes sairam do espaço para dialogar com a “senhora” com o objectivo de chegar a um acordo. A tarefa foi manifestamente impossível dado os níveis de ignorância e presunção da intercolutora. A proprietária exigiu a “evacuação imediata” do edifício e disse que “não queria saber das leis”, tendo ainda ameaçado também chamar a TVI. Convém relembrar que nunca foi apresentada uma ordem de despejo nem qualquer outra ordem judicial.

Entretanto, a polícia aproveitou para identificar as pessoas que tinham saído. A proprietária informou que tinha também apresentado uma queixa hoje por “vandalismo e ocupação ilegal”. Foram feitos então dois últimatos: a proprietária exigiu a saída dos ocupantes em meia-hora para não avançar com a queixa (pela qual responderiam as pessoas já identificadas); a polícia queria identificar todos os presentes na Laranjinha, caso não abandonassem o espaço.

Depois de pesados os prós e os contras e as vontades dos e das presentes, para não comprometer as pessoas já identificadas nem as restantes que a polícia queria identificar, foi decidido em assembleia abandonar o edifício.

A luta continua! Toda a solidariedade com os outros espaços ameaçados: a COSA (em Setúbal) e a T.O.R.Re (no Porto)! Um despejo, mil ocupações!

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